Óleo s/ tela, 50x40 cm...
(Disponível para venda)
Gomil é um antigo vaso chinês para água. Sobre uma mesa, juntei-lhe uma caixa e uma estatueta também chinesas, e peónias. Ao fundo, um pedaço de cabedal envelhecido.
A quem me tem perguntado sobre como compor uma natureza-morta, dou este exemplo em que as linhas de força do rectângulo da tela são respeitadas sem contudo desviarem o olhar do centro do quadro. A flor à direita, sobre a mesa, constitui aquilo a que vulgarmente se chama um "travão", mas, neste caso, quase não era necessário; está lá apenas para enfatizar a solidez da cena, para lhe dar mais alguma "base". À esquerda, a caixa, as flores e a estatueta forçam o olhar a rodar pelo centro do quadro.
Tudo isto é também ajudado pela luz, o factor de primeira importância de tudo o que é pintura artística.
Quanto às linhas de força, elas estão sugeridas não só pela própria disposição dos objectos mas também pelo pedaço de cabedal. Ora tentem imaginar este quadro sem o pedaço de cabedal... de algum modo ficava mais "pobre", não é?